Do meu sofá vejo mundos improváveis.
Amarguras, frescuras e afins.
Aperto botões para mudar o rumo.
Mudar o tom, o som, a vida.
Pés na mesa, dias de preguiça
e notícias da rua.
De longe. Assim está bom.
De muito perto posso cortar os dedos.
Machucar a alma. Causar traumas.
E isso não convém.
Descer o elevador ou andar de trem.
Lotação esgotada.
Tumulto à vista.
Prefiro o meu sofá com desdém.
Você não me aprende, Nem me desliga. Também não me segue. Rede antissocial.
por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)
18.10.13
2.10.13
Olhar
E se o que vejo são olhos de mistério?
Delírio, dança e desejo.
E se sou poeta posso ver mais distante.
Água da sua fonte.
Olhar de longe o que sinto tão dentro.
Avesso, reverso, intenso.
Não repara no seu nome?
Busca na tela do artista
O retrato do que seja.
Sentidos, semblantes, sentimentos.
Flutuo na sua íris.
Afundo no horizonte antes de dormir.
Olhar em direção diversa.
Me segue, cerca e abraça.
Me cega.
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