Você não me aprende, Nem me desliga. Também não me segue. Rede antissocial.
por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)
3.4.17
Corro pro Mar
e vamos navegando mar adentro
sem temer as ondas
sem se esquivar da chuva
deixando que velas leves
nos deem a direção
do vento, da correnteza, do céu
noite de estrelas
que guiam o seu olhar
pro meu caminho
pro nosso andar
estradas que se cruzam
corpos que se navegam
rotas de partida e de chegada
e de encontro ao luar
Fora de hora
eu gostei
do inesperado tema
a chuva
surpresa
fora de hora
passada a vida
ultrapassado o limite
não deu tempo do abrigo
nem de passos largos
só abri os braços
e permiti que corresse o corpo
revirasse os cabelos
me fechasse os olhos
e beijasse o rosto
a alma
Tempestade
a sangue frio
um arroubo, um arrebatamento
entrou aos tropeços
coração adentro
esbarrou em medos
tristes olhares
romantismos serenos
se apossou do sofá, da sala
da vasta mansidão do nada
ocupando tudo
preenchendo largos sorrisos bobos
dedilhando corda por corda
desse instrumento torto
cheio de notas dissonantes
compôs música, tocou pra mim
tocou em mim
e distante desejei ter além da melodia
A sangue frio
me veio como folhas na água
ventania espalhando brasa
ardendo, queimando
tirando o sossego
treinando a monotonia pra ser cor
cores, vasto, denso, tenso, leve
flor
um arroubo, um arrebatamento
entrou aos tropeços
coração adentro
esbarrou em medos
tristes olhares
romantismos serenos
se apossou do sofá, da sala
da vasta mansidão do nada
ocupando tudo
preenchendo largos sorrisos bobos
dedilhando corda por corda
desse instrumento torto
cheio de notas dissonantes
compôs música, tocou pra mim
tocou em mim
e distante desejei ter além da melodia
A sangue frio
me veio como folhas na água
ventania espalhando brasa
ardendo, queimando
tirando o sossego
treinando a monotonia pra ser cor
cores, vasto, denso, tenso, leve
flor
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