Sei que deveria escrever uma poesia.
Porque cabe mais sol nesse sorriso.
Há mais doçuras pra dividir e trocar quando te olho.
Eu sei que deveria dizer a coisa certa.
Mas nem certeza se tem quando o toque incendeia.
Eu sei que deveria haver uma canção no fundo da cena, mas eu só escutei sua mansidão.
O cinema vazio, o filme na tela, e só tinha uma pessoa ao meu lado.
Eu sei que deveria fazer rima, e versos simétricos e bem elaborados.
Mas quem pode com a inesperada calmaria do mar?
O vendaval na areia, e a mudança das dunas?
Não existe forma poética que me diga como será essa espera.
Do abraço que sonhei, do beijo que senti no ar, do emaranhado de borboletas revirando o estômago.
Coloridas, asas fazendo cócegas.
A vida já me encanta agora com sonetos perfeitos.
Quem sou eu pra inventar letra de música?
Você não me aprende, Nem me desliga. Também não me segue. Rede antissocial.
por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)
21.9.15
21.4.15
Sonhei
Foi uma viagem leve.
Daquelas que só acontecem em sonhos bons.
Caminhadas pro futuro.
Avião sobrevoando a minha cabeça.
Por favor, não comente.
Deixa que a intimidade do absurdo,
a cumplicidade do sonho nos esconda.
Foi um sonho bom.
Acordei sorrindo.
Acordei sonhando.
Acordei.
Bom dia.
28.3.15
Inútil
Eu sou o luxo da dor que deteriora a mente.
Cansativamente demente.
Repensando uniões inúteis.
Camaleão perdido na areia do tempo.
Deserto de tudo.
Feito mágica de sumir o corpo.
Corpo, queda, fútil, vazio, oco.
Tarde demais.
Cansativamente demente.
Repensando uniões inúteis.
Camaleão perdido na areia do tempo.
Deserto de tudo.
Feito mágica de sumir o corpo.
Corpo, queda, fútil, vazio, oco.
Tarde demais.
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