por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)

19.2.12

Bêbada




















Bêbada, me contive.
Apenas sussurrei.
O grito ficou preso.
Enclausurado. Falido. Sôfrego.
Banido.
Tudo sufoca. Não existo. Fiquei
cega.

Bêbada, me recolhi.
Fracassei. Reclusa. Feto.
Gestação inacabada.
Eu quase explodi.
Mas bêbada...

Só vacilei...

Enquanto sorvia, tragava...
Não era nada.

Sucumbi.



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