por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)

14.12.12

Nada


Sirvo-me de ti, aguada e morna.
Deixo seguir pelo chão mágoa aguda.
Sou santa, sou mácula.
Suada, meiga e fatídica.

Não tenho o que valha.
Navalha que me liberta.

Sirvo-me de ti, devorada e contida.
Arrependimento de dar-se.

Doar-se sem covardia.



Um comentário:

Lee disse...

"Não tenho o que valha.
Navalha que me liberta."

muito lindo isso. :)