por Marcia Valéria David (Marcia David Poeta)

19.11.12

Desfeito



Andei tentando remendar aqui e ali 
o que um dia foi um lindo bordado de luz.

A seda ficou corroída por tanto zelo.
Mãos que lavavam e teciam.

Andei mesmo tentando refazer ponto por ponto
daquele desenho esquecido.

A memória já se pôs,
Desbotada e desfeita a linha.

Enredando e entrelaçando pontos sem nós.

 


Um comentário:

Dulce disse...

A seda cedeu mas os versos ficaram.
Belíssima poesia!